29.9.11

Ailera Stone | Photography

"I live in a tree house at world's end and I take photos of ships coming home every night..."

Ailera Stone (Aistė Tiriūtė) é uma fotógrafa de 20 anos, nascida em Vilnius, Lituânia. Ailera sempre gostou de escapar para outros mundos através de livros, filmes e música, mas logo descobriu  que a melhor maneira de fazer isso é tirando fotos. "Minha fotografia é uma maneira de capturar momentos e fazê-los mágica, trazer os sonhos a este mundo", diz a artista.

Ailera Stone is a 20 years old photographer from Vilnius, Lithuania. She always liked to escape into other worlds through books, movies and music, but she found out that the best way to do that is by taking pictures."My photography is a way to capture moments and make them magical, bring the dreams into this world", says Ailera.

26.9.11

my style!

 Camiseta/T-shirt: Renner
Calça Resinada/Pants: Reverbcity
Sapato/Shoes: Riachuelo
Bolsa/Bag: Renner
HYPE my look!

25.9.11

Germiniani Sisters | Produção de Moda

 Germiniani Sisters


Ensaio/Editorial das irmãs Roberta e Renata Germiniani. Um sábado maravilhoso, dia lindo com luz perfeita para um ensaio externo, como disse nosso fotógrafo Allan Nascimento!
A convite dele (Allan), fiz a produção de moda das fotos das meninas, e o resultado foi esse aqui:


Ficha Técnica:
Fotos - Allan Nascimento
Assistente de fotografia - Oriana Perin
Make e Hair - Fabrizia Ridolfi 
Produção de moda/Produção executiva - Lilian Larranãga (euu!)
Modelos - Roberta e Renata Germiniani
Agradecimentos - Claudio Araujo, Balbinotti, Pink Biju.
 

24.9.11

Vintage x Retrô (Parte VII)


MERCADO DE PULGAS, VINTAGE STORES E BRECHÓ:

O Preconceito

Muitos consumidores ainda não aprovam a idéia de comprar e usar roupas usadas. A possibilidade de a roupa ter sido usada por alguém doente, morto, ou com um padrão de vida inferior assusta e interfere na aquisição destas mercadorias. Ainda que esteja limpa, muitos têm a impressão de que a roupa esteja impregnada com algo ruim. A roupa pode ter sido pouco usada e estar limpa na arara, ter sido lavada e esterilizada, mas a crença de que energias permanecem nos objetos não estão condicionadas a isso. A idéia de que as roupas de pessoas mortas incorporam as suas antigas energias vigora por diversas razões. Isso tudo gera preconceito para com os produtos vendidos nos brechó. 


A sujeira pode ser uma sujeira concreta, como por exemplo, uma mancha de suor, de sangue, uma sujeira subjetiva, abstrata, como as que envolvem energias negativas ou sexo e moral. E em alguns casos, a sujeira objetiva se transforma em subjetiva. Uma mancha de sangue encontrada em uma peça de roupa do brechó possibilita ao consumidor imaginar vários motivos que justifiquem esta estar ali.

Lígia Krás diz que tabus referentes à sujeira e morte, estão presentes na questão do estigma em relação à roupa usada por outra pessoa. Em alguns casos o tabu deixa de ser referente à roupa e passa a ser pelo brechó, acreditando que a loja esta repleta da energia presente nas roupas usadas. O espaço físico estaria carregado, ou seja, a sujeira aí deixa de ser concreta e passa ser astral, o físico vira energético, a impureza aqui não é mais o suor e sim o passado das pessoas que usaram aquelas roupas e o fato de acreditarem que toda a sujeira espiritual que a pessoa carregava consigo não foi eliminada. A questão da energia quase sempre é relacionada à negatividade.
No caso do tabu da roupa usada, a energia é geralmente vista como ruim, ao contrário de objetos que nem sempre são relacionados a uma energia negativa. Pensar sobre roupas significa pensar sobre memória, mas também sobre posse e poder. “Ao se apossar daquilo que pertenceu à outra pessoa, é possível sentir uma expectativa pelo que pode acontecer enquanto estivermos usando determinada roupa, sapato ou acessório” (Peter Stallybrass, O Casaco de Marx: Roupas, Memória e Dor).
Lígia Krás é socióloga e antropóloga e seus estudos são direcionados para a área da Antropologia do Consumo, mais especificamente para comportamento e consumo de objetos e roupas usadas (segunda mão) e consumo de bens com memória como o vintage e o retrô. O Passado Presente: Um estudo sobre o consumo e uso de roupas de brechó em Porto Alegre (RS) Artigo, 2008. 
  

E assim a série Vintage x Retrô chega ao seu último post, espero que tenham gostado...
Um super beijo para as minhas queridas e fiéis leitoras, que passam por aqui todos os dias! 
Obrigada! 
♥ ♥ ♥

23.9.11

Vintage x Retrô (Parte VI)


MERCADO DE PULGAS, VINTAGE STORES E BRECHÓ:

Brechó: Definição e Origem da palavra

A origem do nome Brechó se deu no Rio de Janeiro do século XIX, quando um comerciante português de nome Belchior criou a primeira loja de roupas e objetos de segunda mão. Originalmente, era assim que eram conhecidas as lojas de roupas e objetos usados e com o tempo, como a maioria das pessoas não conseguiam pronunciar o nome correto, acabou se transformando em Brechó.

Na época em que surgiu, brechó era sinônimo de lojas antigas e empoeiradas que tinham como clientela pessoas de baixo poder aquisitivo. Com o passar do tempo os brechós passaram por mudanças e começaram a se fixar como comércio no final dos anos 70 e começo dos anos 80. 
A princípio, a venda de peças destinava-se a arrecadar fundos para instituições de caridade, mas logo foram descobertos por uma juventude contestadora disposta a transformar conceitos e romper com idéias pré-estabelecidas, buscavam uma anti-moda que deveria acima de tudo priorizar a imaginação e a invenção. 
A idéia central deste novo conceito seria expressar no corpo de cada um a liberdade de escolher e definir seu estilo, seu jeito de ver o mundo. Esta idéia encontrou nos brechós e nos baús das vovós verdadeiras preciosidades que devidamente combinadas permitiram a criação de estilos visuais únicos.
Os brechós passaram por muitas mudanças desde então, deixando de ser apenas uma antiga loja de objetos usados, cheios de mercadorias e muita poeira, transformando-se em locais bem organizadas com peças separadas por estilo ou gênero. Segundo Lígia Krás em seu artigo sobre os brechós, a limpeza, higienização das roupas e acessórios, a boa apresentação do local e das roupas foram fatores que contribuíram para diminuir a resistência da sociedade em relação a esse tipo de consumo.

Em meados dos anos 90, a idéia de usar roupas com estilo de épocas passadas começou a se propagar, saindo da Europa para o resto do mundo. Um fator importante para que alguns preconceitos fossem quebrados se deu pelo fato de que estilistas renomados, produtores de moda e figurinistas de novelas começaram a utilizar artigos de brechós em suas criações. Em Hollywood, a idéia de usar roupas vintage começou a ser visto como tendência de moda a partir de 2001, quando Julia Roberts recebeu o Oscar com um modelo do estilista Valentino de 1982, seguida por Reese Witherspoon em 2006, Angelina Jolie, usando um vestido de 26 dolares em 2007 e Penélope Cruz, que recebeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante 2009 usando um vestido de Pierre Balmain, de 1949.  
 Atualmente a idéia de resgatar roupas do passado se sofisticou e ganhou até um novo nome: Vintage.

O brechó como loja de roupas e acessórios exclusivamente vintage é algo recente na cultura brasileira, embora exista há muito tempo na Europa. As Vintage Clothing Stores, espalhadas por toda Europa e Estados Unidos, são lojas especializadas em roupas e acessórios de época apenas, diferente das Second Hand Store, que vendem roupas de segunda mão, roupas usadas sem especificação de épocas (o tipo mais comum de brechó que conhecemos). No Brasil, no entanto, não existe ainda essa diferenciação clara, pois é muito recente a idéia de brechó como loja de produtos antigos, de época, de roupas e acessórios com história.

OS TIPOS DE BRECHÓ

Dentro da categoria de roupas de brechó é possível classificar os tipo de lojas e os produtos oferecidos, de acordo com a proposta dos proprietários. Existem os brechós da roupa com memória, onde o consumidor encontra roupas originais de épocas passadas, escolhidas com cuidado pelos proprietários, onde se pode conhecer a história da roupa, a quem pertenceu, se fez parte de algum grande momento da vida da pessoa e porque está sendo vendida. Também existem os brechós das roupas com status, que são aqueles especializados em griffes. 
A importância de analisar esse tipo de consumo é que são roupas e acessórios que oferecem algum status, porém são peças usadas, de segunda mão, compradas a baixo preço. É possível perceber através desse comportamento a inversão do código social de que fala Michel Pastoreau em O Pano do Diabo: Uma história das listras e dos tecidos listrados (1993), “As roupas usadas são carregadas de simbolismos e associadas a tabu ou desordem, mas quem as usa de forma correta é recompensado com elegância”.
O terceiro tipo são os brechós populares, de produtos baratos. As roupas ficam em caixas de papelão no chão, muitas em cabides pendurados nas paredes e até mesmo na porta da loja. As roupas à venda nessas lojas não tem classificação por época, cores, marcas, estão divididas por tipo de roupa: camisas, vestidos, saias, calças, casacos. Os preços são muito baixos, não há a preocupação de limpeza, decoração, ou boa apresentação. No meio disso tudo, a mídia tem grande responsabilidade na popularização do vintage no Brasil e por conseqüência, contribuíram para a melhora na apresentação física e atendimento nos brechós, que ao perceberam que esse era um bom negócio, tornaram-se mais modernos e higiênicos.
Portanto, os três tipos de brechós podem ser caracterizados pelo tipo de público alvo e aquilo que ali procuram: roupas baratas, usadas por pessoas que compram por necessidade, e por isso buscam os lugares onde as roupas têm preços mais baixos; roupa de grife, usado por pessoas que não tem condições de comprar a roupa original na loja devido ao preço, mas que valorizam a marca que a roupa possui como forma de status e o brechó das roupas de época, consumidas por pessoas com um estilo de vida que vai muito além do uso de roupas antigas. 
O público desse tipo de roupa relaciona seus gostos com um resgate histórico e cultural através de seus estilos de vida e buscam no antigo muito mais do que apenas uma sensação de estar na moda ou ser diferente pelo exótico que a roupa do brechó muitas vezes proporciona. Para eles significa um resgate cultural, uma volta aos “bons tempos” em que as coisas eram “de verdade”,elegantes, alinhadas,em que música, literatura, cinema tinham mais conteúdo e as artes,as relações sociais,os valores e até as modas não eram tão efêmeras. (Lígia Krás, 2008).


CONTINUA...
 Próximo (e último) post: O Preconceito

22.9.11

Vintage x Retrô (Parte V)


MERCADO DE PULGAS, VINTAGE STORES E BRECHÓ:

A criação do Mercado de Pulgas

Entre 1880 e 1900 em Paris, na França, começa a surgir em Saint Ouen (subúrbio ao norte da capital francesa) um novo tipo de mercado entre os comerciantes locais. O “marché aux puces”, Mercado de Pulgas - nome em homenagem à quantidade de pulgas que habitavam o local e que geralmente eram encontradas em peças de vestuário - transformou-se em local onde era (e ainda é) possível encontrar objetos, móveis e roupas antigas e usadas de qualquer época com preços muito baixos.

Instalados na entrada da cidade, próximo aos fortes, os Chiffonniers ou mais poeticamente conhecidos como “pêcheurs de lune” (pescadores da lua) percorriam Paris a noite à procura de velhos objetos jogados no lixo, os quais revendiam em seguida nos mercados locais. Por serem frequentemente confundidos com os habitantes de Cour des Miracles (um local freqüentado por mendigos e ladrões) os Chiffonniers foram rejeitados em Paris pelos novos governantes no fim do século XIX. Eles formaram então pequenos grupos e se instalaram perto da entrada de Montreuil, de Vanves, Kremlin Bicêtre e Clignancourt.
Gradualmente, certos Chiffonniers mais audaciosos tornavam-se artesãos por conta própria. Logo, estes comerciantes decidiram se associar e não demorou para que os parisienses descobrissem as barracas com objetos variados dispostos ao chão do outro lado da barreira de Clignancourt. Aos poucos, o número de curiosos e de mercadores foi aumentando e logo a feira tornou-se popular entre os grandes colecionadores de antiguidades.

O Mercado de Pulgas de Saint-Ouen celebrou em 1985 o seu centenário, e hoje abrange uma área de 11 km de ruas e becos, sendo o maior mercado de antiguidades da Europa. Todos os fins de semana, entre 120.000 e 150.000 visitantes de todo o mundo visitam a feira na esperança de encontrar algo especial entre os 1.400 vendedores de antiguidades que ali trabalham. O mercado tornou-se um dos destaques de Paris para os moradores e turistas que procuram por algum objeto ou pelo simples prazer de olhar. Em 2001, todos os mercados de Saint-Ouen foram declarados como patrimônio arquitetônico local protegido (Zone de Protection du Patrimoine Architectural Urbain et Paysager - ZPPAUP). Nenhuma parte do local pode ser destruída ou transformada sem a consulta de um arquiteto oficial.

Formando um labirinto de lojas, cada uma delas tem sua especialidade atualmente. O Biron é um dos mais antigos e sofisticados, especializado em mobílias clássicas de épocas; Dauphine, com uma mercadoria clássica no térreo e mais contemporânea nos andares; Rosiers, simpático e discreto com o primeiro andar reservado ao design europeu e americano; Paul Bert é o mercado mais tendência de todos com 7 alas e 250 estandes; Malik é o das roupas e o Vernaison com muitas antiguidades de todos os tipos. O mercado de pulgas de Saint-Ouen é apenas um dos quatro existentes em Paris, porém por ter sido criado primeiro, é o principal e mais famoso do mundo. 

Como se fosse um aglomerado de brechós, o Mercado de Pulgas é o local onde se comercializam artigos antigos, usados ou de fabricação artesanal, geralmente feito pelo próprio vendedor. A maioria das lojas não são especializadas, permitindo ao consumidor, encontrar vários produtos numa mesma loja. Bicicletas, cerâmicas, roupas, discos e pinturas podem ser vistas no mesmo lugar.
Na época em que o local ficou famoso, roupas, calçados, ferramentas antigas, mobílias, bronze, luminárias, bijuterias e jóias eram vendidos a preços baixos, movimentando principalmente os domingos, quando era tradição o passeio fora das muralhas. Principalmente durante os anos 60 e 70 era possível comprar mobílias em bom estado por preços muito baixos. Em 1991, por exemplo, um comprador encontrou por menos de 200 euros uma mesa que pertenceu a Van Gogh, que depois de avaliada, foi estimada em 2 milhões de euros. Porém, parte do objetivo inicial, que era vender roupas mais baratas para pessoas de baixa renda mudou. 
O que se vê nas lojas do Mercado de Pulgas são artigos que valorizam mais o estético do que a necessidade de vestir-se, e apesar dos preços estarem abaixo do que estariam numa loja de grife, por exemplo, o custo em geral ainda é elevado em comparação aos outros produtos sem poder de marca, porém de primeira linha.
O grande movimento se dá porque não se tratam de simples objetos velhos, mas porque estamos falando de Gucci, Prada, Vuitton, Chanel, Hermés e várias outras marcas, normalmente em ótimo estado, vendidos por menos da metade do preço. Uma festa para colecionadores, profissionais da moda e para o próprio usuário, diz Patrícia Lima (Revista Catarina).
O Mercado de Pulgas é, portanto, um pouco diferente dos brechós comuns devido ao status que ocupa e pelo público que atrai, com maior poder aquisitivo e necessidades estéticas, e que normalmente se dirige ao mercado com um objetivo de compra, uma peça específica, seja ela qual for.
O mercado de pulgas de Saint-Ouen em Paris, apesar de ser o primeiro, o maior e mais importante, não é o único. Existem, ao redor do mundo, muitos mercados similares. Um deles é o El Rastro, de Madri, onde todos os domingos uma multidão visita o mercado. O mesmo acontece em San Telmo, em Buenos Aires. Em Londres e Nova York existem famosos Flea Markets, com antiguidades e produtos raros. No Brasil, o local que mais se aproxima de um mercado de pulgas é a Feira de Antiguidades na Praça Benedito Calixto em São Paulo (fotos abaixo).
 CONTINUA...
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